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Introdução Carta aos Efésios

Carta aos Efésios – Autor, data e lugar de composição

O autor da carta aos efésios identifica-se como Paulo (1.1; 3.1;  3.7,13; 4.1; 6.19,20). Alguns entendem que a ausência das costumeiras saudações e a semelhança vocabular entre essa carta e Colossenses (entre outras razões) são motivos para duvidar da autoria do apóstolo Paulo.

Contudo, a carta aos efésios foi amplamente utilizada pelos líderes da Igreja Primitiva, a saber Policarpo (c. 110 d.C.), Justino Mártir (c. 140 d.C.), Irineu (c. 175 d.C.), Clemente de Alexandria (c. 200 d.C.), Tertuliano (c. 200 d.C.), Orígenes (c. 250 d.C.) e Eusébio (c. 315 d.C.).

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É provável, no entanto, que essa fosse uma carta circular, com o objetivo de alcançar outras igrejas além de Éfeso. Esse livro pode ter sido escrito como carta circular a várias igrejas, dentre as quais a de Éfeso; 1.15 – Algo que soa estranho da parte de quem tinha passado alguns anos em Éfeso.

Talvez se refira a uma igreja que se desenvolvera depois, da qual Paulo não conhecia muitos membros, ou, se Efésios visava a ser uma carta circular, talvez se referisse a notícias da área inteira, da qual só visitara uma parte; 6.21-23 – Paulo termina sem as saudações individuais em geral presentes em suas cartas.

Isso fica fácil de entender no caso de Efésios ser uma carta circular). É possível que Paulo a tenha escrito por volta da mesma ocasião que escreveu Colossenses, c. 60 d.C., enquanto estava aprisionado em Roma (v. 3.1; 4.1; 6.20).

A cidade de Éfeso

Éfeso era a cidade mais importante do oeste da Ásia Menor (atual Turquia). Tinha um porto que naquela época dava acesso ao rio Caister, o qual desaguava no mar Egeu. Como Éfeso também ficava na intersecção entre rotas comerciais de grande importância, tornou-se centro comercial.

Ostentava um templo pagão dedicado à deusa romana Diana (gr., Ártemis); veja em At 19.23-31. Paulo fez de Éfeso centro da evangelização por uns três anos e, segundo parece, a igreja ali floresceu por algum tempo, mas posteriormente precisou da advertência de Ap 2.1-7.

Mensagem

Diferentemente de várias das outras cartas, a carta aos Efésios do Apóstolo Paulo não lida com nenhum erro ou heresia em particular. Paulo escreveu para expandir os horizontes de seus leitores, a fim de melhor compreenderem as dimensões do propósito eterno de Deus e da sua graça, passando a valorizar os alvos sublimes que o
Senhor estabeleceu para a igreja.

A carta aos Efésios começa com uma seqüência de declarações a respeito das bênçãos de Deus, estando incluído aí um sem-número de expressões notáveis que ressaltam a sabedoria, a presciência e o propósito de Deus. Paulo frisa que fomos salvos não somente para nosso benefício, mas também para trazer louvor e glória a Deus.

O ponto culminante do propósito de Deus, “na dispensação da plenitude dos tempos”, é fazer todas as coisas no universo convergir em Cristo (1.10). É de crucial importância que os cristãos reconheçam esse fato, de modo que em 1.15-23 Paulo ora a favor do entendimento deles (uma segunda oração aparece em 3.14-21).

Tendo explicado os grandes alvos que Deus estabeleceu para a igreja, Paulo passa  a demonstrar os passos para que esses alvos sejam alcançados. Primeiro: Deus reconciliou indivíduos consigo num ato de graça (2.1-10). Segundo: Deus reconciliou entre si esses indivíduos, pois Cristo, mediante sua morte, rompeu as barreiras entre eles (2.11-22).

Mas Deus foi ainda além: uniu esses indivíduos reconciliados num só corpo, a igreja. Esse é um “mistério” que não era plenamente conhecido antes de ser revelado a Paulo (3.1-6). Agora, Paulo pode declarar com clareza ainda maior o que Deus tem planejado para a igreja, a saber: que ela seja o meio pelo qual ele demonstra sua “multiforme sabedoria” aos “poderes e autoridades nas regiões celestiais” (3.7-13). Fica claro mediante a repetição de “nas regiões (ou lugares) celestiais” (1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12) que a existência cristã não se restringe meramente ao plano terrestre. Recebe seu significado e relevância do céu, onde Cristo está assentado à direita de Deus (1.20).

Mesmo assim, essa existência cristã é vivida na terra, onde a vida diária prática do crente continua a levar adiante os propósitos de Deus. O Senhor exaltado deu “dons” aos membros da igreja, capacitando-os para auxiliar uns aos outros e assim promover a união e a maturidade (4.1-16).

A união da igreja debaixo da supremacia de Cristo prenuncia a unificação de “todas as coisas, celestiais e terrenas” em Cristo (1.10). A nova vida de pureza e de sujeição mútua entra em nítido contraste com a antiga maneira da vida sem Cristo (4.17—6.9). Os “fortes no Senhor” têm a vitória sobre o Maligno no grande conflito espiritual, especialmente pelo poder da oração (6.10-20).

Esboço

  1. Saudações (1.1,2)
  2. O propósito divino: a glória e a supremacia de Cristo (1.3-14)
  3. Oração para que os cristãos tomem conhecimento do propósito e do poder de Deus (1.15-23)
  4. Passos para a realização do propósito de Deus (caps. 2, 3)
    • Salvação dos indivíduos pela graça (2.1-10)
    • Reconciliação entre judeus e gentios mediante a cruz (2.11-18)
    • Judeus e gentios unidos numa só família (2.19-22)
    • A revelação da sabedoria de Deus mediante a igreja (3.1-13)
    • Oração por uma experiência mais profunda da plenitude de Deus (3.14-21)
  5. Modos práticos de cumprir o propósito de Deus na igreja (4.1—6.20)
    • União (4.1-6)
    • Maturidade (4.7-16)
    • Renovação da vida pessoal (4.17—5.20)
    • Sujeição nos relacionamentos (5.21—6.9)
      • Princípios (5.21)
      • Maridos e mulheres (5.22-33)
      • Filhos e pais (6.1-4)
      • Escravos e senhores (6.5-9)
      • Fortaleza no conflito espiritual (6.10-20)
  6. Conclusão, saudações finais e bênção (6.21-24)

Fonte: Bíblia de Estudo NVI (Nova Versão Internacional) – Editora Vida

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