Bom dia caro leitor, tudo bem com  todos você. Hoje vamos dar início a uma nova série de introduções de livros da Bíblia, vamos começar a introdução dos livros referente aos profetas menores. E abrindo a nossa série de introduções hoje veremos a Introdução do Livro de Oséias.

Autor e Data do Livro de Oséias

Oséias, filho de Beeri, profetizou em meados do século VIII A.C., e seu ministério começou durante o de Amós ou pouco depois. Amós levantou a ameaça do juízo divino contra Israel, executado por um inimigo não especificado; Oséias identifica esse inimigo como a Assíria (7.11; 8.9; 10.6; 11.11).

A julgar pelos reis mencionados 1.1, Oséias deve ter profetizado por 38 anos no mínimo, embora quase nenhuma informação se encontre a seu respeito em outras fonte documentárias. Dos profetas que deixaram escritos, foi o único originário do Reino do Norte (Israel), e suas proféticas dirigem-se principalmente a esse reino.

Visto, porém, que suas atividades proféticas são datadas pelas as referências aos reis de Judá. O livro foi provavelmente escrito em Judá depois da queda de Samaria, a capital do Reino do Norte (722-721) – ideia baseada em referências a Judá por todo o livro (1.7,11; 4.15; 5.5,10,13; 6.4,11; 10.11; 11.12; 12.2 ).

Não se sabe se o próprio Oséias redigiu o livro que conserva suas profecias. O livro ocupa o primeiro lugar na divisão da Bíblia chamada Livro dos Doze ou Profetas Menores (nome referente à brevidade desses livros por comparação com Isaías, Jeremias e Ezequiel).

Antecedentes históricos no Livro de Oséias

Oséias viveu nos últimos dias trágicos do Reino do Norte, durante os quais seis monarcas (depois de Jeroboão II) reinaram em 25 anos (2Rs 15.8 – 17.41). Quatro deles (Zacarias, Salum, Pecaías e Peca), enquanto ainda reinavam, foram assassinados pelos sucessores, e um (Oséias) foi capturado na batalha; somente um deles (Menaém) foi sucedido no trono pelo filho.

Esses reis, dados a Israel por Deus “na […] ira” e tirados “na […] indignação” (13.11), saíram flutuando “como um graveto nas águas” (10.7). “… o derramamento de sangue é constante” (4.2). A Assíria expandia-se em direção ao oeste, e Menaém aceitou essa potência mundial como suserana, pagando lhe tributo (2Rs 15.19,20).

Mas pouco depois, em 733 A.C., Israel foi desmembrado pela Assíria por causa da intriga de Peca (que usurpava o trono de Israel assassinando Pecaías, filho e sucessor de Menaém). Somente os territórios de Efraim e Manassés ocidental sobraram para o rei de Israel.

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Depois, em parte por causa da deslealdade do rei Oséias (sucessor de Peca), Samaria foi conquistada, e seus habitantes, exilados em 722-721, levando ao fim o Reino do Norte.

Tema e mensagem do Livro de Oséias

A primeira parte do livro (capítulos 1 ao 3) narra a vida familiar de Oséias como símbolo (de modo semelhante ao simbolismo da vida de Isaías, de Jeremias e de Ezequiel) para transmitir a mensagem que o profeta recebera do SENHOR para o povo.

Deus ordenou a Oséias que se casa-se com uma adúltera, Gômer, e cada um de seus três filhos recebeu nome simbólico que representava parte da mensagem ameaçadora. O capítulo 2 alterna entre o relacionamento de Oséias com Gômer e a representação símbólica do relacionamento de Deus com Israel.

Os filhos recebem ordens de expulsar da casa a mãe infiel; mas a intenção era reforma-lá, não livra-se dela. Ordena-se ao profeta que a continue amando, e ele a aceita de volta, mantendo-a em isolamento por algum tempo (capítulo 3).

Esse caso representa, de modo pitoresco, o relacionamento entre o SENHOR e os israelitas que tinham sido desleais a ele ao adorarem as deidades cananéias como fonte de fartura. Israel passaria por um período de exílio (confira 7.16; 8.14; 9.3,6,17; 11.5).  O SENHOR, porém, continuava amado o povo da aliança e ansiava recebê-lo de volta, assim como Oséias recebeu Gômer de volta.

Essa volta é relatada numa linguagem figurada que relembra o êxodo do Egito e o estabelecimento em Canaã (confira 1.11; 2.14-23; 3.5; 11.10,11; 14.4-7). Oséias entendia que as experiências que Israel passara com o SENHOR eram o padrão ou tipo fundamental de como Deus lidaria com o seu povo no futuro.

A segunda parte do livro (capítulos 4 ao 14) oferece os pormenores do envolvimento de Israel na religião de Canaã, mas trata-se de material difícil de dispor em esboço sistemático. Assim como os demais livros proféticos, Oséias transmitia um convite ao arrependimento.

Israel, para não ser destruído, deveria abandonar os ídolos e voltar-se para o SENHOR (capítulos 6 e 14). Informações colhidas em materiais descobertos em Ugarite e em escritos do historiador Eusebio, do primeiro período da igreja, permitem conhecer mais nitidamente as práticas religiosas contra as quais Oséias protestava.

Oséias percebeu que o problema básico de Israel era não reconhecer devidamente a Deus (4.6; 13.4). O relacionamento entre Deus e Israel era de amor (2.19; 4.1; 6.6; 10.12; 12.6). A intimidade pactual entre Deus e Israel, ilustrada na primeira parte do livro pelo relacionamento conjugal, é mais tarde ampliada na relação pai – filho (11.1-4).

A deslealdade para com Deus significava adultério espiritual (4.13,14; 5.4; 9.1). Israel voltara-se para o culto a Baal e oferecera sacrifícios nos altos pagãos, o que implicava intimidades com as prostitutas cultuais dos santuários (4.14), bem como adoração do bezerro em Samaria (8.5; 10.5,6; 13.2).

Havia, também, intrigas internacionais (5.13; 7.8-11) e materialismo. No entanto, a despeito da condenação divina e da severidade da linguagem usada para proclamar o juízo inevitável, o propósito principal do livro é proclamar a compaixão e o amor de Deus, que não podem abrir mão de Israel – não de modo definitivo.

Problemas especiais no Livro de Oséias

O livro de Oséias apresenta pelo menos dois problemas desconcertantes. O primeiro diz respeito à natureza histórica contada nos capítulos 1 a 3 e ao caráter de Gômer. Embora alguns intérpretes tenham pensado que a história fosse mera alegoria do relacionamento entre Deus e Israel, outros afirmam, de modo mais plausível que a história deve ser entendida como verídica. Entre estes últimos, alguns insistem em que Gômer era fiel no início e depois se tornou infiel, e outros, que era infiel mesmo antes do casamento.

O segundo problema do livro é o relacionamento entre os capítulos terceiro e primeiro. A despeito de não serem mencionados filhos no capítulo 3, alguns intérpretes alegam que os dois capítulos são relatos diferentes do mesmo episódio. A  Interpretação tradicional, no entanto, é mais provável: que o capítulo 3 é uma sequencia do capítulo 1, depois de Gômer ter-se revalado infiel, Oséias recebeu ordem de acolhê-la de volta.

Esboço do Livro de Oséias

  1. Título (1.1)
  2. A mulher infiel e o marido fiel (1.2 – 3.5)
    • Os filhos como sinais (1.2 – 2.1)
    •  A mulher infiel (2.2-23)
      • O Senhor castiga Israel (2.2-13)
      • O Senhor restaura Israel (2.14-23)
    • O marido fiel (capítulo 3)
  3. A Nação infiel e o Deus fiel (Capítulos 4 ao 14)
    • A infidelidade de Israel (4.1 – 6.3)
      • A acusação formal e global (4.1-3)
      • Declaração da causa e apresentação dos resultados (4.4-19)
      • Recado especial ao povo e aos líderes (capítulo 5)
      • Uma petição triste (6.1-3)
    • O castigo de Israel (6.4 – 10.15)
      • A causa é declarada (6.4 – 7.16)
      • A sentença é proclamada (capítulos 8 e 9)
      • Resumo e apelo (capítulo 10)
    • O amor fiel de Deus (capítulos 11 ao 14)
      • O amor paternal do Senhor (capítulos 11.1-11)
      • O castigo de Israel por sua infidelidade (11.12-13.16)
      • A restauração de Israel depois do seu arrependimento (capítulo 14)

Fonte: Bíblia de Estudo NVI (Nova Versão Internacional) – Editora Vida

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