aquMaOlá caro leitor seja muito bem vindo! Hoje trago a vocês um dos assuntos mais polêmicos que já vimos em todos os tempos, hoje irei falar também sobre o assunto “ trazei todos os dízimos à casa do Senhor”. É um dos assuntos mais comentados nos dias atuais, afinal o dízimo o citado no Livro de Malaquias o que significa.
Para entender bem este assunto trago a vocês na íntegra à introdução do livro de Malaquias, tenham uma excelente leitura!
Autor do Livro de Malaquias (Quem foi Malaquias na bíblia?)
O livro é atribuído a Malaquias, cujo nome significa “meu mensageiro“. Como o termo ocorre em 3.1 e tanto os profetas quanto os sacerdotes eram chamados mensageiros do Senhor (veja 2.7; Ageu 1.13), há quem acredite que “Malaquias” fosse mero título atribuído ao autor pela tradição.
Essa teoria tem sido reforçada recorrendo a antiga tradução grega (a Septuaginta), em que o termo de 1.1 aparece como “seu mensageiro” e não como o nome próprio. A questão, no entanto, permanece incerta, e ainda continua muito provável que Malaquias fosse, na realidade, o nome do autor.
Antecedentes históricos
Incentivado pelas atividades proféticas de Ageu e Zacarias, os exilados que votaram sobre a liderança do seu governador, Zorobabel, Acabaram o templo em 516 a.c. Em 458, a comunidade foi reforçada pela chegada do sacerdote Esdras e de mais alguns milhares de judeus. O rei Artaxerxes, da Pérsia, incentivou Esdras a desenvolver a adoração no templo (Ed. 7.17) e fazer cumprir a lei de Moisés (Ed. 7.25, 26).
Treze anos depois (445), o mesmo rei persa permitiu que seu copeiro, Neemias, voltasse a Jerusalém e reedificar os muros (Ne. 6.15). Com a nova nomeação para o governador, Neemias empreendeu reformas contra as injustiças sociais (Ne. 5.2-13), persuadir o povo a repudiar os casamentos mistos, a guardar o sábado (Ne. 10.30,31) e a trazer realmente os dízimos e as ofertas (Ne. 10.37-39)
Em 433 a.c., Neemias voltou ao serviço do rei persa, é, durante a ausência de Neemias, os judeus voltaram a cair no pecado. Posteriormente, no entanto, Neemias voltou à Jerusalém e descobriu que os dízimos tinham sido desconsiderados, o sábado era violado, o povo tinha feito o casamento mistos e os sacerdotes tinham se tornado corruptos (Ne. 13.7-31). Vários de seus pecados são condenados por Malaquias (veja 1.6-14; 2.14-16; 3.8-11).
Data do Livro de Malaquias
Semelhança entre os pecados censurados em Neemias e os censurados em Malaquias faz crer que os dois líderes fossem da mesma época. Malaquias talvez tenha período deste como governador.
Como o governador mencionado em 1.8 provavelmente não era Neemias, a primeira alternativa pode ser mais provável. Malaquias foi talvez o último profeta da era do Antigo Testamento (embora alguns situem Joel depois dele).
Temas de teologia
Embora os judeus tivessem recebido permissão de voltar do exílio e reedificar o templo, vários fatores de desse estímulo provocaram um mal-estar generalizado no que dizia respeito a fé deles:
- sua terra continua sendo mera província nas periferias do Império Persa;
- o futuro glorioso proclamado pelos profetas (entre os quais os outros profetas pós-exílicos, Ageu e Zacarias) não se concretizara (ainda);
- Deus não viera (ainda) para o seu templo (3.1) com majestade e poder (como é celebrado no Salmo 68), para exaltar seu reinado à vista das nações.
Duvidando do amor de Deus segundo aliança (1.2) e já não confiando em sua justiça (2.17; 3.14,15), os judeus da comunidade restaurada começaram a perder as esperanças. Por isso, o culto de Lis de gênero uma perpetuação desanimada das meras formas, e já não levavam a sério a lei.
Malaquias repreende os Judeus
Malaquias repreende a dúvida que os judeus nutriam quanto ao amor de Deus (1.2-5), repreendendo também a infidelidade dos sacerdotes (1.6-2.9) tanto quanto do povo (2.10-16).
Quanto à acusação popular de Deus seria injusto (“Onde está o Deus da Justiça?”, 2.17) por não ter vindo em juízo para exaltar o seu povo, Malaquias responde com uma proclamação e um aviso. O Senhor que buscam virá mesmo – mas virá “com o fogo do ourives” (3.1-4). Virá para condenar – mas primeiramente o povo (3.5).
Como o Senhor não muda nos seus compromissos e no seu propósito Israel não foi completamente destruído por persistir na infidelidade (3.6). Mas é somente por meio do arrependimento e de uma reforma que voltará a experimentar a benção divina (3.6-12).
Os que honra ao Senhor serão poupados quando ele vier julgar (3.16-18).
Concluindo, Malaquias volta a consolar os leitores, advertindo-os de que “vem o dia [o grande e terrível dia do Senhor 4.5]”, e será “ardente como uma fornalha” (4.1). Naquele dia, os justos se regozijarão e “esmagaram os ímpios” (4.1-3). Portanto, “Lembre-se da lei do meu servo Moisés” (4.4). O Senhor, para preparar o seu povo para aquele dia, enviará “O profeta Elias” para chamá-los de volta aos caminhos e idosos dos seus antepassados (4.5,6).
Características literárias do Livro de Malaquias
Malaquias é chamado uma “advertência” e é escrito num estilo de prosa elevada. O texto destaca uma série de perguntas feitas, tanto por Deus quanto pelo povo. As declarações de Deus são seguidas por perguntas zombeteiras introduzidas por: “mas vocês perguntam” (1.2,6,7; 2.14, 17; 3.7,8,13; 1.13). Em cada caso a resposta do Senhor é citada.
A repetição é elemento de importância no livro. O nome “Senhor dos Exércitos” ocorre 20 vezes. O livro começa com uma descrição da terra devastada de Edom (1.3,4) e termina com uma advertência a respeito da destruição de Israel (4.6).
Várias figuras vividas de linguagem são empregadas no livro de Malaquias. Os sacerdotes riem quantos presos do altar do Senhor (1.13), e o senhor esfrega na cara deles os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício (2.3).
Como Juiz, “ele será como o fogo do ourives e como o sabão do lavandeiro” (3.2), mas para os justos, “o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês saíram e saltaram como bezerros soltos do curral”. (4.2).
Esboço do Livro de Malaquias (Qual a história de Malaquias)
- Título (1.1)
- Introdução: afirmado o amor de Deus por Israel , segundo aliança (1.2-5)
- Repreensão da infidelidade de Israel (1.6 – 2.16)
- A infidelidade dos sacerdotes (1.6 – 2.9)
- Desonram a Deus nos seus sacrifícios (1.6-14)
- Não ensinam fielmente a lei (2.1-9)
- A infidelidade do Povo (2.10-16)
- A infidelidade dos sacerdotes (1.6 – 2.9)
- Proclamação da vinda do Senhor (2.17-4.6)
- O senhor virá para purificar os sacerdotes e julgar o povo (2.17-3.5)
- Um chamado ao arrependimento quanto a volta do Senhor (3.6-18)
- Exortação à contribuição Fiel (3.6-12)
- Exortação ao serviço Fiel (3.13-18)
- Proclamando o dia do Senhor (capítulo 4)
Fonte: Bíblia de Estudo NVI (Nova Versão Internacional) – Editora Vida
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