Autor do Livro de Habacuque
Pouco se sabe Habacuque – a não ser que era da época de Jeremias e homem de fé vigorosa, profundamente arraigada nas tradições religiosas de Israel. o relato do apócrifo Bel e o dragão, segundo o qual atendeu às necessidade de Daniel na cova dos leões, é mais lendário que histórico.
Data do Livro de Habacuque
A predição da Invasão babilônica iminente (1.6) mostra que Habacuque morava em Judá perto do fim do reinado de Josias (640-609 a.c.) ou no inicio do reinado de Jeoaquim (609-598).
iEssa profecia é geralmente datada um pouco antes ou depois da batalha de Carquemis (605), quando as forças egípicias, que tinham ido socorrer o último rei da Assíria, foram totalmente derrotadas pelos babilônios comandados por Nabopolassar e Nabocudonosor, sendo perseguidas até a fronteira do Egito (Jeremias 46), Habacuque, assim como Jeremias, provavelmente viveu para ver o cumprimento inicial de sua profecia, quando Jerusalém foi pelos babilônios em 597.
Mensagem do Livro de Habacuque
Entre os escritores proféticos, Habacuque tem a característica quase incomparável de não conter nenhuma sentença dirigida a Israel. Contém, pelo contrário, um dialogo entre o profeta e Deus.
(O livro de Jonas, embora seja na forma de narrativa, também contém o registro de algum conflito entre o Senhor e um profeta.) Nos dois primeiros capítulos, Habacuque discute com Deus a respeito de seus caminhos, que lhe parecem insondáveis, senão até mesmo injustos.
Tendo recebido respostas, corresponde com uma bela confissão de fé (capítulo 3). Esse relato de lutar com Deus não é, porém, mero fragmento de um diário particular que, de alguma maneira, chegou ao domínio público.
Foi composto para Israel. Por certo, representava a voz dos peidosos de Judá, que se esforçavam para compreender os caminhos de Deus.
A resposta de Deus, portanto, servia a todos os que compartilhavam das dúvidas que pertubavam Habacuque. E a confissão desse profeta passou a ser expressão pública – como mostram suas notações litúrgicas.
Habacuque sentia-se perplexo por que a iniquidade, as contendas e a opressão grassavam em Judá, ao passo que, segundo parecia, Deus nada fazia a respeito. Quando Deus lhe informou que agiria por meio dos babilônios cruéis (1.6), o profeta só ficou mais intensamente perplexo: como poderia Deus, cujos “olhos são tão puros, que não suportam ver o mal” (1.13), designar essa nação “para executar juizo” (1.12) contra os judeus, “mais justos do que eles” (1.13)?
Deus deixa claro, no entanto, que no fim o destruidor corrupto também será destruido. No fim, Habacuque aprende a confiar na providência divina e aguardar em espírito de adoração a interveção divina.
Características literárias
O autor escreveu com clareza e com muito sentimento, tendo redigido muitas expressões inesquecíveis (2.2,4,14,20; 3.2,17-19). O livro gozava de popularidade no período intertestamentário; um comentário completo sobre seus dois primeiros capítulos foi achado entre os rolos do mar Morto.
Esboço
- Título (1.1)
- Primeira queixa de Habacuque: Por que a iniquidade em Judá fica impune? (1.2-4)
- Reposta Deus: Os babilônios castigarão Judá (1.5-11)
- Segunda queixa de Habacuque: Como um Deus justo usa a Babilônia, ímpia, para castigar uma nação mais justa que ela? (1.12-2.1)
- Resposta de Deus: A Babilônia será castigada, e a fé será recompensada (2.2-20)
- Oração de Habacuque: Depois de pedir manisfestação da ira e da misericórdia de Deus (como vira no passado), termina com uma confissão de confiança e de gozo em Deus (capítulo 3).
Fonte: Bíblia de Estudo NVI (Nova Versão Internacional) – Editora Vida
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